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Burle Marx, o artista da Mata Atlântica ver Galeria de fotos do Sítio Burle Marx por Bruno Maia Paisagista reconhecido internacionalmente, Roberto Burle Marx se destaca por seu estilo inovador ao usar plantas nativas do Brasil. A 'desordem natural' como característica marcante de suas obras substitui jardins europeus podados, certinhos e enquadrados. Se auto-denominava artista de jardins e só se deu conta da beleza da floresta tropical na europa, quando estava na Alemanha. Foi preciso sair do país para valorizar as riquezas da flora nacional e futuramente montar uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo. Heliconia Burle-marxii © Bruno Maia Em 1949 comprou uma propriedade em Barra de Guaratiba para organizar sua enorme coleção de plantas. Em 85 doou o sítio ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com o objetivo de torná-la um Centro de Estudos de Paisagismo, Botânica e Conservação da Natureza. Em 2009 lembramos do centenário de Burle Marx e de seu trabalho de valorização de espécies da Mata Atlântica. ![]() Bromélia no Sítio Burle Marx © Bruno Maia O bioma mais rico em biodiversidade do planeta, a Mata Atlântica teve cerca de 93% de sua formação original devastada. Um dos motivos desta devastação está relacionado ao fato de que hoje, cerca de 110 milhões de pessoas habitam a área de distribuição do bioma, desde a faixa litorânea do país, passando pelas florestas de baixada, matas interioranas até os campos de altitude. Durante os últimos cinco séculos, a enorme pressão foi mantida pelo não reconhecimento da importância da floresta. Nesse início de século XXI parece que há uma 'luz no fim da mata'. Projetos de conservação se dedicam a salvar espécies endêmicas e integram uma rede de conservação que luta pela manutenção da floresta em pé assim como sua recomposição. ![]() Jardim do Sítio Burle Marx © Bruno Maia Imagine só, sua casa reduzida a 7%. Foi exatamente isso que aconteceu para diversas espécies de fauna e flora do bioma. Algumas espécies desapareceram ao perder suas 'casas', muitas estão em processo de extinção e outras sobrevivem se adaptando ao que restou. Está cada vez mais difícil encontrá-las, entretanto, 'entidades imortais' como Roberto Burle Marx, que lutam pela conservação e valorizam a mata nativa, representam uma esperança para as florestas tropicais. ![]() Mata Atlântica da Costa Verde © Bruno Maia Clique para ver Galeria de fotos do Sítio Burle Marx |